quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Desorganização ainda é notícia em Beltrão

Incerteza ronda o futuro do Beltrão Futsal
Dava pena olhar para o banco do Beltrão ao final do jogo em Maringá, quando a equipe foi eliminada da Série Ouro. O clima era de velório. O artilheiro Mauricinho chorava, o capitão Ronaldo também não conseguia segurar as lágrimas e os demais jogadores permaneciam cabisbaixos. Ninguém falava nada. Terminada a partida, os jogadores permaneceram um bom tempo sentados ao lado da quadra, como à espera de uma explicação para o que estava acontecendo. Embora o presidente Névio Ghizi estivesse no ginásio da Acema, não desceu à quadra nem foi ao vestiário conversar com os jogadores.
O presidente deu entrevistas ao final do jogo e colocou o cargo à disposição. Comentários que circulam pela cidade é que há pessoas interessadas em assumir o clube, desde que tenham um balanço detalhado da situação financeira.
Passados alguns dias, o clima é de incerteza para jogadores e comissão técnica. Até a tarde de ontem ninguém da diretoria havia procurado os atletas pra qualquer contato.
O técnico Fabinho Gomes assegura que os jogadores vão continuar na cidade para defender o município na fase final dos Jogos Abertos, na segunda quinzena de outubro. “Temos contrato e vamos cumpri-lo”, diz o técnico, ainda abatido pela eliminação. Sábado, em Maringá, ele havia declarado que não sabia se os jogadores permaneceriam para os Japs. Naquela noite ele também reclamou da falta de apoio da diretoria, mas não criticou ninguém. Apenas lamentou que não houvesse uma presença mais direta num momento importante como aquele.
A expectativa dos jogadores é que ao final dos Jogos Abertos a diretoria possa acertar os salários que estão atrasados para que todos possam voltar a seus locais de origem.
Fonte: http://www.jornaldebeltrao.com.br/

Postei várias vezes matérias do Beltrão neste blog, apesar de não ter muito há ver com o futsal guarapuavano (pelo menos, à primeira vista), como forma de refletir um pouco sobre a situação do esporte profissional e a relação com os governos dos municípios.
Toda esta confusão no time beltronense foi desencadeada pelo problema da prefeitura municipal (pública) apoiar financeiramente um clube no esporte profissional (privado). E com a pressão da oposição da câmara do município, o acordo entre prefeitura e clube foi desfeito e o time sofreu com a falta de verba na maior parte do tempo em que participou do Paranaense de Futsal.
É importante que as equipes que levam nome de prefeituras em seus nomes fantasias (assunto que já rendeu outros posts neste blog) fiquem atentas e façam acordos bem amarrados, juridicamente, com entidades públicas, para que não surjam "brechas" para que grupos oposicionistas ou o ministério público tenha como por em dúvida a idoneidade do processo. Ano que vem é ano político e é bom ficarmos todos atentos para este detalhe. Pois fervilharão discursos inflamados de pessoas tentando atingir determinados grupos políticos, que podem "respingar" em assuntos relacionados ao esporte profissional no Estado.

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